Piloto suspeito de fazer voos panorâmicos sem autorização decola e foge quando helicóptero ia ser abordado, diz Anac

Um piloto suspeito de fazer voos panorâmicos sem autorização decolou e fugiu quando o helicóptero em que ele estava iria ser abordado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo a agência, a aeronave não pode realizar voos devido a uma suspensão administrativa. Além disso, há a suspeita de que ela fazia táxi aéreo de forma irregular.

A empresa suspeita de fazer os voos sem autorização disse à TV Anhanguera que não tinha conhecimento de que a aeronave tinha impedimento para voos e negou que o piloto tenha fugido no momento da abordagem. A empresa ainda enviou documentos contestando a Anac e alegando que os alvarás de liberação da aeronave estão em dia.

A suposta fuga do piloto aconteceu no último sábado (20), quando a equipe da Anac chegou até o local de funcionamento da empresa para realizar uma operação. Segundo o gerente de operações da Anac, Edvaldo Rodrigues de Oliveira, o piloto não obedeceu a ordem de parada.

“Uma vez que o piloto identificou que eram fiscais da agência, ele levantou voo, sem obedecer a ordem de parada”, disse o gerente.

Ainda de acordo com o gerente de operações, a empresa descobriu os voos irregulares após fazer um monitoramento da aeronave. A Anac também suspeita que o helicóptero faça táxi aéreo sem autorização.

“A Anac monitorou o movimento dessa aeronave, em conjunto com a Polícia Militar, e chegamos a informação de que ela estaria voando em Caldas Novas. A gente decidiu realizar essa operação para garantir o cumprimento dessa punição, dessa suspensão”, disse Edvaldo.

Segundo a Anac, o helicóptero, que é um do modelo Robinson R44, operava a cerca de dois anos em Caldas Novas, que é um dos principais municípios turísticos de Goiás, cobrando uma média de R$ 150 por passeio.

Apesar dos documentos enviados pela empresa suspeita de cometer irregularidades, durante uma consulta no site da Anac é possível verificar que a situação de aeronavegabilidade do helicóptero está suspensa.

Ainda de acordo com o gerente, além de poder ter a licença cassada de forma definitiva, o piloto que operava a aeronave pode responder legalmente por prestar serviço em um helicóptero irregular.

“Isso pode ser enquadrado como crime, nós vamos encaminhar para as autoridades policiais competentes para identificar e poder punir criminalmente esse piloto e a empresa envolvida, assim como todos os envolvidos no caso”, reforçou Edvaldo.

*Com informações G1 Goiás

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