Com 246 municípios, Goiás tem apenas duas delegacias para atendimento à pessoa idosa

Após registrar aumento de 70% nas denúncias relacionadas à violência contra idosos, as duas Delegacias Especializada no Atendimento (DEAI) a este público em Goiás receberam 1.049 denúncias durante todo o ano passado. Entretanto, o número pode não retratar a realidade desta faixa etária em relação às agressões.

Segundo o delegado titular da DEAI de Goiânia, Alexandre Alvim, as principais queixas que aparecem nas denúncias são maus tratos, exploração financeira e abandono. A médica geriatra Zélia Santana explica que tanto as agressões físicas quanto as violências psicológicas e emocionais ocorrem com grande frequência.

“Quando falamos de violência, além da física, é extremante comum a violência psicológica, emocional. Chantagear os idosos, deixá-los em condições degradantes ou abandoná-los também são tipos de violência”, salienta. Entretanto, com 246 municípios, apenas Goiânia e Anápolis possuem delegacias especializadas no atendimento ao idoso.

Ambos os locais recebem denúncias pelo telefone (62) 3201-1501, email: delegacia.idoso@policiacivil.go.gov.br e pelo Disque 100. Mas, estes meios podem não estarem sendo suficientes para retratar a quantidade real de violência praticada contra as pessoas idosas e, por isso, parlamentares tentam adicionar novos canais.

A Delegada Adriana Accorsi (PT), o deputado Dr. Antonio (DEM) e o parlamentar Jeferson Rodrigues (Republicanos), apresentaram à Assembleia Legislativa (Alego) propostas para ampliar os meios de denúncia. As propostas  n° 2653/20, 2655/203111/20 e 5502/20 ainda estão tramitando pela Casa.

Por exemplo, os projetos definem que condomínios residenciais e comerciais e hospitais públicos e privados de Goiás comuniquem às delegacias de polícia, quando realizarem atendimento em suas unidades, de casos de idosos, mulheres, crianças e adolescentes vítimas de agressões físicas.

 “A gente busca orientar esse idoso, recepcionar a denúncia em relação a ele para que a gente consiga trabalhar de uma forma multidisciplinar para entendermos qual é a condição que essa suposta vítima está vivenciando”, afirmou Alexandre Alvim ao Jornal Brasil Central.

* Com informações Jornal o Hoje 

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