Venezuelano é suspeito de estuprar menina de 10 anos que morava com ele

A Polícia Civil investiga um venezuelano suspeito de abusar sexualmente de uma menina de 10 anos, que também é venezuelana, e morava com ele. O homem seria responsável por cuidar dela, em Anápolis, a 55km de Goiânia. A Polícia Civil disse que o homem colocava a criança para pedir dinheiro e comida em semáforos da cidade.

Num vídeo de câmera de segurança, a menina aparece carregando uma cesta básica que ganhou de uma pessoa em um semáforo.

O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar sobre a investigação.

O venezuelano foi levado por policiais militares para a central de flagrantes da Polícia Civil, onde prestou depoimento e foi liberado por não haver flagrante. Ele negou as acusações, de acordo com a polícia.

Segundo a delegada Karla Portes Poubel, a criança também foi ouvida e estava bastante abadala. A menina contou que queria sair da casa. A polícia a levou para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, que vai analisar se houve estupro.

A investigação descobriu que o venezuelano não tem parentesco com a vítima e era responsável por cuidar dela após a morte da mãe da menina. O pai mora na Venezuela. O conselho avisou ao juizado da infância a situação da menina, que vai decidir se o pai deve ser noticiado no país de origem.

Na casa moram 10 crianças, que serão acompanhadas pelo Conselho Tutelar. O órgão apurou inicialmente que a menina veio para Goiás junto com um grupo de venezuelanos que deixou o país em busca de melhores condições de vida, e passou a morar com o suspeito.

A conselheira tutelar Kety Coelho Guimarães, que acompanha o caso, explicou que a menina foi resgatada da casa após a denúncia e agora está em um abrigo.

“Ela relatou tudo que vem sofrendo, dos abusos sexuais e da mendicância. Ela também é explorada, uma vez que pedia dinheiro nos sinaleiros, comida, cestas básicas”, comentou a conselheira.

Segundo o Conselho Tutelar, o venezuelano mora na cidade com uma companheira desde 2019. O órgão suspeita que os abusos acontecem desde então.

G1 Goiás 

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