Uma cuidadora foi presa suspeita de aplicar golpe e desviar mais de R$ 230 mil de uma idosa de 90 anos, em Urutaí, no sudoeste do estado. Outras duas pessoas foram levadas à delegacia suspeitas de participar do esquema. A Polícia Militar (PM) apreendeu celulares, cartões e cheques relacionados ao crime.
Os suspeitos foram presos no sábado (8) e, como os nomes deles não foram divulgados, o g1 não localizou a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta matéria. O caso foi descoberto após familiares desconfiarem das transações e denunciarem a cuidadora, que era da confiança da vítima.
Segundo a PM, a idosa necessita de cuidados especiais e a cuidadora também era responsável por administrar as contas da idosa. Ela pagava as contas e fazia as compras no supermercado e na farmácia. Por isso, a mulher tinha acesso ao celular, à conta bancária e aos cheques da vítima.
Como funcionava o desvio?
Com os acessos, a cuidadora alterava os valores dos cheques e repassava para um homem, em Ipameri, também no sudeste de Goiás. De acordo com a PM, ele era responsável por trocar os cheques com agiotas da cidade e depositar os valores na conta bancária da esposa da cuidadora.
Além disso, a cuidadora tinha no próprio celular o aplicativo do banco da idosa e, com isso, realizava transferências sem a autorização da vítima. Na denúncia, a família relatou que foram desviados cerca de R$ 234 mil, que, segundo a polícia, foram usados para compras pessoais dos envolvidos.
Prisões
A cuidadora, a esposa e o rapaz foram levados à delegacia e vão responder por estelionato. A polícia detalha que também apreendeu 6 celulares, 13 cartões, duas máquinas de cartão, um cheque de R$ 5,4 mil, um comprovante de depósito de R$ 2,3 mil e R$ 2,2 mil em espécie.
A polícia também recebeu denúncias de quatro cheques no valor de R$ 14,8 mil, que teriam sido repassados para diversas pessoas, em Ipameri. Os três suspeitos e os objetivos apreendidos com eles foram levados para a delegacia de Pires do Rio, no sudeste do estado, que deve investigar o caso.
Por G1 Goiás
