Jornal segue LA Times e opta por não apoiar Kamala ou Trump, provocando renúncias e cancelamentos de assinaturas
O Washington Post anunciou que não vai apoiar candidatos nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A vice-presidente Kamala Harris (Partido Democrata) e o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) disputam o pleito.
A medida resultou na renúncia do editor-geral Robert Kagan, além do cancelamento de assinaturas por parte dos leitores.
A decisão segue o exemplo do Los Angeles Times. A decisão de vetar o editorial partiu de Jeff Bezos, fundador da Amazon e dono do Washington Post.
“Reconhecemos que isso será lido de várias maneiras, inclusive como um endosso tácito de um candidato, ou como uma condenação de outro, ou como uma abdicação de responsabilidade. Isso é inevitável. Nós não vemos dessa maneira”, afirmou o CEO William Lewis.
A equipe do conselho editorial, que havia preparado um endosso à Kamala, passou por uma reunião com David Shipley, editor de opinião, antes do anúncio oficial.
A mudança levou a um aumento incomum de cancelamentos de assinaturas, com cerca de 2.000 registros nas primeiras 24 horas após o anúncio. Críticos, incluindo o ex-editor do Post, Martin Baron, interpretaram a decisão como uma rendição a Trump.