Foto/Thiago Ferreira/Blog Diante do Fato
Clientes denunciam que empresa parou de liberar retiradas e deixou de responder atendimentos; caso apresenta indícios de possível pirâmide financeira.
Na manhã desta segunda-feira (8), um grupo de investidores da empresa R West voltou a se concentrar em frente ao escritório da companhia, em Catalão, para cobrar esclarecimentos sobre a suspensão dos saques e a ausência de posicionamento oficial da direção. O clima de insatisfação gerou momentos de tensão entre os presentes.
De acordo com relatos dos próprios clientes, os problemas começaram há vários dias, quando as solicitações de retirada passaram a ser negadas sem qualquer explicação. Desde então, mensagens, ligações e tentativas de atendimento presencial não estariam sendo respondidas. Alguns investidores afirmam ter aplicado quantias significativas, motivados pela expectativa de retorno financeiro acima da média do mercado.
Diante da pressão e da presença da imprensa, três mulheres que trabalham na unidade local saíram do prédio para conversar com os manifestantes. Elas informaram que também enfrentam dificuldades internas e que, assim como os investidores, aguardam um posicionamento da direção nacional.
“Estamos sem informações precisas. Também somos funcionárias e não temos autorização para liberar pagamentos”, disse uma delas, destacando que a equipe local está apenas repassando as cobranças e aguardando instruções.
Outra colaboradora reforçou que a unidade permanece aberta diariamente, mesmo sem conseguir atender à demanda crescente. “Nossa intenção é que tudo seja resolvido o mais rápido possível. Assim que tivermos um retorno oficial, os clientes serão informados”, declarou.
As falas, no entanto, não foram suficientes para conter a revolta de parte dos investidores, que acusaram a empresa de falta de transparência. Alguns afirmaram que só conseguiram ser atendidos por causa da movimentação da imprensa no local e anunciaram que irão registrar Boletim de Ocorrência.
Especialistas consultados apontam que o cenário apresentado — atrasos, dificuldade de contato com responsáveis e promessa de altos rendimentos — pode indicar características de um possível esquema de pirâmide financeira. A recomendação é que os afetados formalizem denúncia na Polícia Civil, procurem o Procon e consultem a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de buscar orientação jurídica.
A situação permanece indefinida, e novos grupos de investidores devem retornar ao escritório nos próximos dias em busca de respostas e para tentar evitar maiores prejuízos.








