Bebê que teve de ser levada a UTI após a casa dela ficar sem energia por 15 horas morre em hospital de Goiânia

A bebê Sibely Ribeiro de Sousa, de 11 meses, que teve de ser levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após a casa dela ficar sem energia por 15 horas, morreu em um hospital de Goiânia, segundo a família. Ela tinha problema cardíaco e usava um aparelho ligado à tomada para sobreviver, que auxiliava a respiração.

Esse aparelho ficou desligado por 15 horas após uma queda de energia, na semana passada, na residência da criança, em Piranhas, no oeste do estado. Desde a falta de luz, a neném precisou ser internada para usar o aparelho. Ela lutou para viver durante o tratamento, mas no quinto dia não resistiu a uma parada cardíaca.

A Enel lamentou a morte da bebê e disse, em nota, que desde que a criança foi hospitalizada se colocou à disposição da família. O comunicado reforçou que a falta de energia aconteceu por causa de um problema inevitável e que a concessionária só foi acionada por volta de 8h do dia seguinte.

A empresa afirmou também que a cliente não estava cadastrada como “cliente sobrevida”, quando é avisado previamente a existência de pessoas que dependem de aparelhos médicos em suas residências. “Clientes sobrevida possuem atendimento prioritário em situações de falta de energia.”

A mãe conta que a energia começou a faltar na madrugada da última sexta-feira (30) e só retornou por volta das 9h. Porém, às 10h houve uma nova interrupção que durou até as 16h, segundo ela. Durante esse período, Graziela não conseguiu realizar a aspiração da cânula colocada na garganta da menina, o que provocou a asfixia na bebê.

Ela tem um aparelho na garganta que precisa ser aspirado, porque sem ele ela não consegue respirar, pois ele entope com as secreções que vão acumulando. Foi justamente isso que aconteceu. Quando vi, minha filha estava sufocando, contou Graziela Ribeiro.

Internação

A neném foi levada para a emergência de um hospital de Piranhas e foi reanimada pela equipe médica. Depois, a menina foi levada junto com a mãe para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde morreu.

Graziela explica que, por conta da cardiopatia, a filha ficou internada por 10 meses no Hospital da Criança em Goiânia e havia apenas um mês que ela tinha recebido alta e ido para casa.

Fonte: G1 Goiás 

Deixe um comentário