Um caminhoneiro de 43 anos denuncia que foi agredido por policiais militares ao procurar atendimento no Hospital Municipal Bom Jesus, em Águas Lindas de Goiás, Entorno do Distrito Federal. Ele disse que estava com muita dor na cabeça e na nuca e, por isso, estava muito agitado, se debatendo. Funcionários chamaram a Polícia Militar e, depois disso, o paciente denuncia que se lembra de apenas de parte da agressão.
O hospital informou que deu o atendimento necessário ao paciente e foi preciso chamar a polícia, pois o homem estava muito agressivo e não permitia a aproximação da equipe. A PM disse que o paciente estava agredindo física e verbalmente os servidores e que foi “necessário o uso moderado da força” após o homem resistir à prisão.
O caso aconteceu na quarta-feira (12). Alexandre Lima Pereira contou que estava em uma fazenda com familiares quando começou a passar mal. Ele foi levado pelos parentes ao hospital para receber atendimento.
“Eu estava perdendo os sentidos, estava quase desmaiado na cadeira de rodas. Os funcionários do hospital pediram que a gente preenchesse uma ficha, mas eu não tinha condições. Algumas pessoas me ajudaram e me levaram direto até a emergência”, contou.
Alexandre contou que foi colocado em uma maca, recebeu injeções nas pernas e braço e começou a perder a consciência novamente. Os familiares contaram que, devido às dores, ele estava se debatendo, inquieto. Por isso, a Polícia Militar foi chamada.
“Minha avó estava acompanhando meu pai e ela foi retirada da sala de emergência. Depois ela ouviu meu pai gritando por socorro. Ela viu depois o policial batendo nele. Bateram muito, ninguém do hospital ajudou. Ele estava em surto, agitado, tem formas de conter ele, não batendo assim”, disse a filha de Alexandre, Milleny Oliveira Lima.
Durante a confusão, uma familiar de Alexandre tentou gravar a ação dos policias, mas um deles dá um tapa na mão dela e derruba o aparelho (veja vídeo acima).
O paciente ficou com um grande hematoma no lado direito do rosto. Ele contou ainda que está sem parte da audição, além de marcas nos braços, peito e pernas.
Os policiais colocaram o caminhoneiro na viatura e o levaram para a delegacia por desacato. Ele foi preso em flagrante e foi solto após pagar uma fiança de R$ 2,5 mil. Alexandre registrou uma denúncia de agressão na Polícia Civil e disse que um advogado vai comunicar a agressão à Corregedoria da Polícia Militar.
Depois de deixar a prisão, Alexandre ainda precisou ir a um hospital em outra cidade para passar por consulta após a agressão. Ele ficou internado durante um dia, fez exames e, depois, foi liberado. Ele se recupera em casa.
*Com informações G1 Goiás
