O júri popular condenou na quinta-feira (1º) Langston Kessler de Oliveira pela morte da namorada, Winária Oliveira Lima, de 30 anos, em Caldas Novas, sul do estado. A vítima foi morta a tiros após receber flores e um beijo do companheiro. A pena foi de 22 anos de prisão. Segundo a Justiça, o homicídio foi premeditado e motivado por ciúmes e desconfianças.
Winária era empregada doméstica e tinha três de outro relacionamento. No dia 22 de novembro de 2019, ela tinha voltado e uma viagem a Goiânia e se encontrou com o namorado em um ponto de ônibus.
As investigações apontaram que Langston entregou flores à namorada, deu um beijo e a acariciou. Depois, enquanto caminhavam, atirou contra ela. Durante o julgamento, o réu confessou o crime.
O advogado Élter Naves, que defende Langston, disse que respeita o resultado do júri. “A defesa entende que o processo e o júri ocorreram com lisura. Embora a pena seja dura, não haverá recurso da defesa”, disse.
Durante o julgamento, a defesa argumentou que as provas contra o réu eram fracas e havia contradição na acusação. Além disso, disse que o réu “agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima”. Devido a isso, foi pedido que as qualificadoras fossem desconsideradas.
Porém, essa tese não foi aceita pelos jurados, que consideraram que o crime teve as qualificadoras de feminicídio e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A juíza Vaneska da Silva Baruki expôs em sua decisão que, “houve premeditação por parte do acusado”, pois Langston “foi ao encontro da vítima armado, tendo a recebido de forma carinhosa, inclusive entregando-lhe flores, tudo no intuito de ocultar sua real intenção, impelido por ciúmes”.
Na sentença, consta ainda que, baseado nos depoimentos de testemunhas e provas colhidas, ficou demonstrado que o réu “era extremamente ciumento e possessivo com a vítima, de modo que a afastava de pessoas queridas e também a ameaçava de morte caso ela viesse a se relacionar com outra pessoa”.
Fonte: G1 Goiás
