Homem se torna réu por matar travesti após discussão por preço de programa, em Aparecida de Goiânia

Um homem de 37 anos se tornou réu por matar uma travesti com três facadas de canivete no pescoço em um lote baldio após discutirem pelo preço do programa, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Além de ter sido denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), a Justiça converteu sua prisão temporária em preventiva, mantendo-o em cárcere.

Isabela Patrícia de Araújo, de 22 anos, foi morta no dia 4 de março. Uma câmera de segurança gravou o momento em que eles se encontram e saem de moto rumo ao terreno baldio em que ocorreria o serviço (veja vídeo abaixo).

O homem foi denunciado por homicídio com quatro qualificadoras:

  • Crime cometido por motivo fútil;
  • À emboscada;
  • Feminicídio;
  • Discriminação à condição de sexo feminino adotada socialmente.

Se condenado, ele pode pegar até 30 anos de prisão.

Crime

A denúncia feita pelo MP relata que a vítima trabalhava em programas sexuais e foi contratada por Cláudio. No entanto, no terreno baldio onde seria realizado o serviço, os dois se desentenderam quanto ao valor a ser pago à travesti.

De acordo com o delegado Rogério Bicalho, durante a discussão, a travesti teria tirado o canivete da bolsa para ameaçar o réu. No entanto, o homem, que é operador de empilhadeira, pegou o objeto e acertou três golpes no pescoço da vítima.

“Ele saiu do trabalho, passou no local e combinou o programa por R$ 30. Ele alega que ela teria cobrado R$ 50 depois. A travesti pegou a chave da moto dele e disse que ia contar para todo mundo porque ele é casado. Ele disse que não pagaria e nem fizeram o programa”, detalhou Bicalho.

A decisão do juiz Leonardo Fleury Curado Dias explica que os autos apontam indícios para responsabilizar o homem pela morte de Isabela. No documento, foi explicado que, ao considerar as ações de Cláudio na dinâmica do crime, sua liberdade poderia causar “prejuízos à ordem pública”.

Prisão mantida

O fato de o operador não ser do estado de Goiás também influenciou na decisão do juiz, uma vez que ter parentes por outros locais do país poderia facilitar uma possível fuga.

Por G1 Goiás 

Foto: Reprodução/Polícia Civil

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