Mulher denuncia que foi abusada sexualmente por médico durante consulta em hospital de Goiânia: ‘Pôs a língua em mim’

Uma mulher de 41 anos denuncia que foi abusada sexualmente por um médico durante uma consulta em um hospital de Goiânia. Ela contou que o profissional tirou parte da roupa dela e ficou tocando suas partes genitais.

“Eu falei: ‘Doutor, eu não estou confortável’. Ele falou: ‘Olha para mim que você vai sentir orgasmo’ e pôs a língua em mim”, contou a vítima.

À CBN Goiânia, o médico Pedro Antônio Albino disse ter ficado assustado com a denúncia e que já está em contato com um advogado. O g1 entrou em contato com ele por ligação e mensagem às 14h30 deste sábado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A paciente faz tratamento há sete anos com o médico coloproctologista Pedro Antônio Albino, de 54 anos, devido a complicações no intestino causado pela doença de Chagas. Ela já fez uma operação com o profissional e o procurou na sexta-feira (6) para uma consulta.

No consultório, a mulher disse que o médico se comportou de forma estranha, dizendo que estava solteiro há pouco tempo, perguntando se ela gostava de trair o marido. A paciente encerrou a conversa e o profissional pediu que ela se deitasse na maca para ser examinada.

“Quando eu deitei, ele começou a tirar minha calça toda. Ele pegou um objeto, introduziu [nas partes íntimas] e ficava passando o dedo, a mão. Passava a mão na boca, passava em mim”, disse.

Após a vítima pedir para o médico parasse, ele foi ao banheiro. Nesse momento, ela fugiu do consultório e pediu socorro para funcionários. Porém, ela disse que eles não fizeram nada. Apenas quando outra paciente se aproximou que ela recebeu apoio.

Em nota, o Hospital Santa Helena disse que o médico faz parte da equipe há mais de 20 anos e “nunca apresentou qualquer desvio ético em sua conduta com seus pacientes”. A unidade informou que a mulher foi acolhida e ouvida pela direção, que está apurando o fato internamente e colaborando com a investigação.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que não tem conhecimento do fato.

A Polícia Militar foi chamada e procurou pelo médico, mas ele já tinha deixado o hospital. A vítima foi encaminhada para delegacia e, depois, para o Instituto Médico Legal, onde fez exames.

“A gente passa por todo o constrangimento para poder provar para alguém que a gente não está mentindo. Doeu ficar lá naquele IML para fazer aqueles exames para poder tirar a saliva dele. Isso dói na gente”, disse, chorando.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi devidamente registrado na 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, na última sexta-feira (6). “O procedimento foi registrado e a vítima, encaminhada ao IML para demais providências cabíveis”, diz o comunicado.

Por G1 Goiás

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