Operação ‘Café Amargo’: mandados são cumpridos em investigação de corrupção de agentes públicos e despachantes do Detran em Uberlândia

É realizada nesta quinta-feira (15) em Uberlândia, a Operação “Café Amargo” em combate a corrupção de agentes públicos e despachantes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Ao todo, são cumpridos 11 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão na cidade e outros dois de busca e apreensão em Catalão (GO) durante ação do Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), além das polícias Civil e Militar.

Os principais alvos da investigação são corrupção passiva e ativa, associação criminosa, peculato eletrônico, falsificação de documento público, prevaricação e falsidade ideológica.

Entre os mandados de prisão, quatro deles são cumpridos contra policiais civis. Já em relação aos de busca e apreensão, são cumpridos no Detran, em residências, cartório de notas e escritório de despachantes.

A apuração dos crimes ocorre há mais de um ano. Na cidade, a suspeita é que as vistorias de veículos, emissão de documentos públicos no Detran e retirada de pontos de infração de trânsito da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) eram alguns dos serviços que eram prestados de forma ilegal. Conforme o MP, o valor da propina paga variava conforme o serviço.

Entre os investigados estão, além de quem era beneficiado, pessoas que ofereciam o valor indevido para ter benefício. Além do “cafezinho”, as propinas também eram chamadas de “taxa de aceleração” e “taxa de urgência”.

Funcionários de cartório de notas da cidade, que agilizavam o reconhecimento de firmas fraudando os procedimentos legais, também participavam do esquema.

G1 procurou a Polícia Civil para saber se gostaria de enviar mais informações sobre a operação, mas não obteve retorno.

Próximos passos

Na próxima semana já serão iniciadas as oitivas de todos os envolvidos, inclusive quem é suspeito de ter sido beneficiado com o esquema. As investigações seguem em andamento e correm em segredo de Justiça, por isso nomes e outros detalhes ainda não foram fornecidos.

Nome da operação

O nome da operação que tem alusão ao famoso “cafezinho” é devido ao fato de este usado para se referir à propina que é cobrada e paga para agentes públicos, mediados por despachantes para realização de serviços públicos no Detran.

*Com informações:  G1 Triângulo Mineiro 

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