Polícia prende suposto mandante do assassinato de corretor em Rio Verde (GO)

Na noite desta quarta-feira (29), a Polícia Civil prendeu um fazendeiro suspeito de ser o mandante da morte de Wellington Ferreira Freitas, de 67 anos, também conhecido como Eltinho, em Rio Verde.

O corpo da vítima foi encontrado carbonizado, em uma propriedade rural às margens da GO-333, na noite do dia 20 de junho. Evidências da perícia revelam que Eltinho foi estrangulado e queimado vivo.

De acordo com o delegado do caso, Adelson Canedo, até o momento, existem quatro homens suspeitos de envolvimento no crime: o mandante, o executor, um intermediário e um auxiliar. Todos eles estão presos.

Segundo as investigações, o mandante do crime e Eltinho eram amigos há mais de 20 anos e compartilharam vários momentos uns com os outros, inclusive porque, ambos trabalhavam com venda de propriedades rurais.

No entanto, a amizade teve fim após uma desavença entre os dois por terras e dinheiro. Esse descordo teria motivado o crime, segundo as apurações.

“O mandante negociou e vendeu uma terra que era do Eltinho por um valor muito alto, de cerca R$ 300 milhões. A comissão dessa venda, pode-se imaginar, é de um valor muito alto também, de 5% à 7%.

Mas, eles são tão amigos, que fazem um acordo em palavras, sem contrato, para dividirem essa comissão.

O negócio que era, inicialmente, de R$ 20 milhões de comissão, teria baixado para R$ 8 milhões. Mas depois, o mandante teria se recusado a pagar esse valor e proposto pagar somente R$ 3 milhões, mas alegando ainda que descontaria e parcelaria essa quantia”, detalha o delegado Adelson.

Diante das condições propostas pelo mandante,  a vítima não aceitou o acordo da comissão, porque era um valor muito mais baixo.

Não obstante, ainda acionou o mandante judicialmente e, neste processo, a Justiça chegou a bloquear R$ 21 milhões do ex-amigo. Essa situação causou uma inimizade entre eles e motivou o homicídio.

“Um dos crimes mais bárbaros que a cidade de Rio Verde já viu. Infelizmente a vida teve um preço nesse caso”, lamentou o investigador.

Por Mais Goiás

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