Suspeito de 53 anos, preso por suspeita de estupros em série, em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Um serralheiro foi preso suspeito de cometer estupros em série na Grande Goiânia. Segundo a Polícia Civil, preso é suspeito de ter cometido os crimes contra pelo menos oito mulheres, entre 2015 e 2024.
O homem foi preso no sábado (23), no setor Solange Park, em Goiânia. O g1 não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. O nome e a imagem do suspeito foram divulgados pela Polícia Civil na tentativa de identificar novas possíveis vítimas.
As vítimas identificadas na investigação conduzida pela delegada Amanda Menuci tinham de 11 a 57 anos na ocasião dos crimes. Seis delas tiveram os crimes comprovados por DNA.
Cinco dos crimes aconteceram em Goiânia e os outros três foram em Trindade, Santa Bárbara de Goiás e Goianira.
Veja a cronologia dos crimes:
- 1 de janeiro de 2015: vítima de 22 anos, na zona rural de Trindade.
- 30 de dezembro de 2016: vítima de 11 anos, no Jardim Cerrado, em Goiânia;
- 20 de fevereiro de 2018: vítima de 34 anos, na GO-060, em Santa Bárbara;
- 18 de janeiro de 2020: vítima de 56 anos, abordada no Jardim Curitiba, em Goiânia, é deixada na GO-070, em Goianira;
- 02 de julho de 2022: vítima de 22 anos, em Goiânia;
- 4 de maio de 2023: Vítima de 56 anos, em Goiânia;
- 10 de dezembro de 2023: Vítima de 24 anos, em Goiânia;
- 16 de março de 2024: Vítima de 55 anos, em Goiânia.
Segundo a Polícia Civil, durante a investigação, todas as vítimas descreveram o homem da mesma forma: homem com estatura mediana, branco, sem barba, cabelos grisalhos. A delegada explicou que as vítimas não tinham ligação entre si e nem com o suspeito, e que eram escolhidas a depender da oportunidade de forma aleatória.
A investigação de vários dos crimes já ocorria de forma isolada, uma vez que ainda não se sabia da relação entre eles. Foi a Polícia Técnico-Cientifíca quem encontrou a relação entre o material genético do suspeito, que foi encontrado nas vítimas.
A investigação em conjunto da Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica mostrou que as vítimas eram abordadas em ruas, principalmente em pontos ônibus. Em alguns casos, o suspeito utilizava armas ou facas para ameaçar as mulheres e fazer com que elas entrassem nos veículos.
Em dois dos casos, o homem ofereceu carona para essas mulheres. A delegada Amanda Menuci explicou que, nesses casos, as vítimas entraram de forma voluntária no veículo que o suspeito estava. Ela pontua que ele fingia ser da mesma religião dessas mulheres para ganhar a confiança delas no trajeto dentro do carro.
Ainda segundo a polícia, na maior parte dos casos o homem utilizou alguma substância para dopar as vítimas, fazendo com que elas não ficassem apagadas, mas com que diminuísse a capacidade de defesa.
Em quase todos os crimes, as vítimas foram deixadas em locais ermos, como rodovias. No entanto, a delegada mencionou que um dos crimes, que não teve comprovação por DNA, saiu do “modus operandi” que o suspeito costumava agir. O crime que aconteceu em 2024 ocorreu na casa da vítima.
Apesar da forma de cometer o crime ter sido distinta dos demais casos, a delegada explicou que a mulher conseguiu descrever a aparência do homem e as características do carro que ele usava.
Além disso, o celular dela foi encontrado com o filho do suspeito, após Daniel pedir que ele sumisse com o aparelho. O filho do suspeito foi preso por receptação.
G1 Goiás